E essas tais “Dinâmicas de Grupo”?

Esse post tem um intuito bem informativo mesmo. Como o post anterior, ele foi feito há um tempinho já, em um antigo blog meu, e é fruto de muitas pessoas perguntarem o que são as dinâmicas de grupo, pra que servem e se são realmente úteis. Futuramente, pretendo fazer um texto mais específico sobre esse assunto. Hoje, vamos abordá-lo de uma maneira simples, pra quem não é profissional da área de RH, mas está sempre em contato com essa técnica, seja em processos seletivos ou em treinamentos corporativos.

Existem vários tipo de dinâmica de grupo, e cada um deles tem uma utilidade diferente e específica. Os principais são: Quebra-Gelo, Apresentação, Integração, Seleção, Treinamento, Feedback e Fechamento. Vejamos cada tipo separadamente.

A dinâmica de quebra-gelo serve para ajudar a tirar as tensões do grupo, desinibindo as pessoas para o encontro. É um recurso pra quebrar a seriedade e aproximar as pessoas. Essas dinâmicas podem ser brincadeiras, em que as pessoas sem movimentam e descontraem, como no caso do jogo de dardos. É comum esse tipo de dinâmica ter bolas, músicas, ser um momento mais leve mesmo.
 
A dinâmica de apresentação é aquele momento inicial, em que as pessoas se apresentam. As empresas têm preferido a apresentação individual em que cada candidato vai à frente do grupo e apenas fala da sua trajetória, mas existem dinâmicas de grupos específicas para esse momento, e elas costumam ser mais interessantes e menos constrangedoras. Afinal, quem não se sente nervoso, tendo que contar sua história de vida, diante de uma platéia desconhecida? Um exemplo de dinâmica de apresentação é aquela em que se divide o grupo em duplas, as duplas conversam e depois cada um apresenta o seu par. É um momento que, normalmente, também tem um clima descontraído e ajuda a integrar as pessoas. Sim, a psicóloga tem a maioria daquelas informações no seu currículo, mas ouvir da própria pessoa é diferente, concordam? Você pode explicar melhor algumas informações. E é interessante conhecer todas aquelas pessoas com quem vocês irão passar as próximas horas e com quem estão concorrendo, não acham?
 
A dinâmica de integração, como o próprio nome diz, tem o objetivo final de integrar as pessoas. Ela também permite observar o comportamento do indivíduo no grupo, mas tem como foco promover a descontração e promover a comunicação.
 
A dinâmica de seleção visa a identificar aspectos pessoais e profissionais dos candidatos. É muito utilizada como forma de avaliação, por permitir uma visão de todos os candidatos ao mesmo tempo, o que facilita a comparação entre eles. Além disso, a gente pode observar o funcionamento do sujeito na prática, enquanto ele trabalha. A transposição do comportamento de um indivíduo de uma atividade como essa para o dia-a-dia é completamente possível. Aqui entram as dinâmicas de construção de castelos, maquetes, projetos etc.
 
Há também a dinâmica de treinamento. Esse tipo de dinâmica trabalha conceitos em forma de jogos e brincadeiras, estimula a autoavaliação e a descontração e facilita o aprendizado. Muitos estudos já comprovaram que, quando você põe em prática o que aprende, tem maior chance de internalizar aquele conhecimento é. Portanto, o aprendizado através de dinâmicas de grupo garante maior fixação do conteúdo, mesmo que essa operacionalização tenha sido metafórica.
 
A dinâmica de feedback fornece informações sobre como a atuação do grupo ou da pessoa está afetando os outros. Ela ajuda o indivíduo ou o grupo a melhorar seu desempenho e, assim, alcançar seus objetivos. É um processo de exame em conjunto. Esse tipo não é muito comum em processos seletivos. É mais comum em treinamentos.
 
A dinâmica de fechamento vem encerrar as atividades do dia, sintetizando o conteúdo que foi abordado. Muitas vezes, confunde-se e/ou une-se à dinâmica de feedback. Também tem um clima descontraído, e também é mais comum em encontros para treinamento.
 
Acho que, assim, conseguimos clarear um pouco o objetivo de cada dinâmica, o que acham? Sobre que outros assuntos vocês gostariam de ler?

Alguns Erros em Processos Seletivos

Que não é fácil entrar no mercado de trabalho a gente sabe. Mesmo com uma boa formação, muitas vezes temos dificuldades em conseguir uma oportunidade. Até para quem já tem um emprego processos seletivos costumam ser cercados de dúvidas e angústias. Por isso, reuni aqui alguns itens que, em minha opinião, são erros que podem colocar tudo a perder na busca de uma vaga. Fique ligado e conquiste a sua!

 

  • Não ter um currículo adequado. Seu currículo tem a tarefa de despertar no selecionador o interesse em conhecê-lo. Um bom currículo é de fácil leitura, claro, conciso e não tem erros de português. Na dúvida, recorra ao dicionário, ao Google ou a um corretor ortográfico (no Word tem). Também é muito importante que ele contenha o objetivo do candidato. Se você tem mais de um objetivo, tenha currículos diferentes – um para cada tipo de vaga almejada.
  • Não saber nada sobre a empresa para a qual está se candidatando – antes da entrevista, pesquise sobre a companhia. A internet é uma grande aliada nesse processo. Descubra se você se identifica com aquele nome, qual é o posicionamento da empresa no mercado e no que você pode contribuir para o seu crescimento.
  • Não fazer perguntas, durante o processo seletivo. Perguntar é uma forma de demonstrar interesse pela empresa e pela vaga. Muitas pessoas acreditam, equivocadamente, que estão em uma entrevista apenas para responder o que lhes é perguntado. Questione acerca das atividades que o cargo em questão prevê, sobre seu posicionamento hierárquico e a equipe de trabalho. Isso demonstra sua disposição para ocupar o cargo e o ajuda a saber se é o que realmente está buscando.
  •  Postura inadequada – Por maior que seja o número de etapas em um processo seletivo, o contato que candidato e selecionador têm é pouco, e é esse o tempo que você tem para criar uma boa impressão a seu respeito. Evite o uso de gírias, excesso de informalidade, roupas muito casuais. Conhecer a cultura da empresa ajuda a prever quais são os comportamentos mais adequados, mas, na dúvida, opte pela formalidade.
  • Mentir – seja no currículo, seja na entrevista, mentir não é uma boa opção. O selecionador é preparado para reconhecer se você está sendo sincero e, mesmo que ele não perceba naquela hora, vai ser muito difícil você sustentar uma personagem durante toda a sua trajetória dentro da empresa. Não relate habilidades que não possui – especialmente no que diz respeito a conhecimentos técnicos, como idiomas. Se houver um teste, rapidamente você será descoberto.
  • Falar mal da empresa anterior – se você saiu insatisfeito do último emprego, evite mencionar o ocorrido. Caso o entrevistador pergunte, fale a verdade, mas sem agredir seu ex-chefe ou sua ex-empresa – e não se estenda no assunto.
  • Falar demais ou falar muito pouco – Ser prolixo é ruim, mas também não seja resumido demais. Dê ao entrevistador a quantidade de detalhes necessária para que ele tenha sua pergunta respondida e compreenda o contexto dos fatos. Em uma dinâmica de grupo, tome cuidado para não atropelar os concorrentes, mas, do mesmo modo, não se deixe atropelar por eles.

Espero que as dicas sejam úteis! 

Estabelecer-se profissionalmente: maturidade, comodismo ou sorte?

Escolher a profissão é um processo difícil para a maioria das pessoas, pois envolve não apenas a  própria vontade,  mas a de seus pais e familiares; não depende unicamente de seu gosto, mas de sua aptidão; não pode, infelizmente, basear-se numa visão romântica de realização pessoal, pois espera-se também que a profissão escolhida gere um retorno financeiro minimamente satisfatório. Isso sem falar em outros fatores, como, por exemplo, status, concorrência, tempo e custo do investimento educacional. A decisão profissional nunca é exclusivamente pessoal. Tantas coisas influenciam essa questão, que é praticamente uma conseqüência óbvia a grande quantidade de profissionais insatisfeitos com os diplomas que têm em mãos.
 
Não vou entrar no mérito da idade dos vestibulandos, questionando se é justo ter que escolher a profissão de toda uma vida numa idade tão precoce. Quero me ater ao depois. Você venceu a dúvida, fez sua opção, foi aprovado no vestibular, passou muitas noites em claro preparando seminários e conseguiu seu canudo. E agora? Não era bem isso que você queria, mas está feito. E aí? O quanto você está disposto a abrir mão de seu sonho dourado, pra investir em uma profissão que te dê maior retorno financeiro?
 
Podemos chamar de sortudo aquele cara que escolheu a profissão dos seus sonhos e é bem sucedido nela. Trabalha com prazer, não precisa negligenciar a vida pessoal, é reconhecido profissionalmente e é bem remunerado. Não vamos falar desse cara-exceção, pra não despertar a ira de 99,99% das pessoas.
 
Vamos falar daquele que precisa escolher entre prazer e dinheiro. Aquele que gostaria de viver de música, mas sabe que essa é a realidade de muito poucos. Aquele que dizia que ia ser médico desde criancinha, mas não foi aprovado no vestibular em nenhuma das 7 tentativas. Aquela que tem uma estilista dentro de si, mas não conseguiu convencer os pais a pagarem sua faculdade de Moda.
 
Será que aceitar que não podemos viver da profissão dos sonhos é ser acomodado? Ou seria uma questão de maturidade? Você está disposto a sacrificar seu ideal, em prol dos benefícios que uma profissão mais acessível e estável pode te proporcionar? Se sim, essa é uma decisão adulta, madura e realista, ou um conformismo de quem não acredita em si mesmo? E, mais importante, caso opte pelo sacrifício, como abraçar de fato essa decisão, e não se permitir, mais à frente, sentir-se não-realizado e frustrado?
 
Eu sou adepta do bom-senso, do realismo e do equilíbrio. Ninguém deve abrir mão de seus desejos antes de tentar. Tomo a liberdade de chamar a isso de covardia. Tente, pelo menos uma vez, transformar em realidade o seu sonho. Porém, gosto muito da frase que diz que pra tudo na vida é preciso saber a hora de parar. Há uma linha tênue entre ser determinado e ser intransigente, e você não quer arruinar sua vida por ser teimoso, quer?
 
Não quero dizer, com isso, que você deva desistir diante da primeira dificuldade. Lute pelos seus objetivos, corra atrás, insista. O que vou falar daqui pra frente é para aqueles que já viram que, no momento, é inviável dar continuidade ao seu sonho profissional.
 
Há formas saudáveis e positivas de se lidar com isso.
 
Você pode encarar a labuta diária como um preço necessário a pagar por todo o prazer que você tem nas outras áreas da vida. Dessa forma, você tem que priorizar bastante seu prazer no tempo que tem livre. Investir no seu prazer… Quer coisa melhor? Sair daquele dia infernal no escritório e passar a noite no ensaio da sua banda não seria uma maravilha?
 
Você pode fazer do seu trabalho atual um trampolim. Já dizia Maquiavel: Os fins justificam os meios. Esqueça a conotação ruim dessa famosa frase e transforme seu trabalho atual naquilo que te permitirá alcançar seu sonho. Trace um plano: 10 anos de serviços administrativos, em troca de uma boa poupança, de onde você tirará o dinheiro para investir naquela loja de geléias no interior.
 
Você pode encontrar o bom no ruim. Seu sonho envolvia defender a natureza, mas seu pai te obrigou a se tornar advogado? Por que não se especializar em Direito Ambiental? Fez Administração, mas gosta mesmo é de publicidade? Uma pós nessa área talvez resolva o seu problema. Nunca conseguiu fazer aquele curso de piloto de avião? Talvez ser funcionário de uma empresa aérea e ter a oportunidade de estar pertinho da sua paixão e em constantes viagens minimize um pouquinho a sua frustração.
 
Certamente há muitas outras soluções possíveis. O que importa, afinal, é encontrarmos nosso lugar no mundo, sentirmo-nos responsáveis por nossas próprias escolhas e ficarmos felizes com o resultado. O que diferencia as pessoas mais satisfeitas das pessoas menos satisfeitas não é ausência de conflitos, mas a sua postura diante deles.
 
Você está satisfeito com o rumo que deu à sua vida profissional? Foi um processo simples ou complicado? Compartilhe conosco!