Como escolher meu psicólogo?

Featured imageDepois que publiquei o último texto, muitas pessoas vieram até mim com a mesma fala: “Puxa, eu deveria ter feito esse tipo de terapia!”. Foram pessoas que já fizeram alguma terapia antes, mas que – por algum motivo – não se identificaram com a abordagem. E terapia é assim mesmo: você precisa se identificar com o psicólogo, com a linha que ele segue, precisa se sentir bem no seu consultório e ter confiança no profissional.

Muitas vezes, você recebe uma ótima indicação, mas não simpatiza com a pessoa. Ou escuta maravilhas de uma abordagem terapêutica, mas com você ela simplesmente não funciona. Por que isso acontece? Porque nós somos diferentes. Em muitos aspectos da vida, mas principalmente em Psicologia, nós precisamos considerar a particularidade de cada um. É por isso que o seu amigo não pode nem pensar em ir ao mesmo consultório por meses a fio, enquanto que a sua amiga frequenta a psicanalista dela há anos e não a troca por nada. Da mesma forma, um paciente pode ter calafrios só de pensar em ser submetido a testes psicológicos, enquanto que outro pode adorar essa forma objetiva de encarar seus problemas.

“E como eu sei qual serve pra mim?”

Testando.

Vá em um, veja se gosta. Pergunte, pergunte, pergunte. Vá em outro. Pergunte, pergunte, pergunte.

Aposto que a maioria de vocês nunca perguntou ao seu psicólogo qual é a linha teórica que ele segue. Pergunte! Na primeira sessão, pergunte qual é o método de trabalho, o que você pode esperar do tratamento, qual é a proposta dele. Nenhum psicólogo sério irá te dar um prazo para finalizar o seu tratamento porque, como eu disse antes, precisamos considerar a particularidade de cada um. Cada caso é um caso, e levará o tempo necessário para ele. Porém, ele poderá te dizer de que forma vocês trabalharão juntos. Você saberá o que esperar, em lugar de ir para a terapia, esperando que um dia uma mágica aconteça, como é o caso de muitas pessoas. Além disso, saber de que maneira ele trabalha te ajuda a identificar se aquilo combina com você.

Se não der certo com o primeiro psicólogo em que você for, não pense que não dará certo com nenhum. São muitos os fatores que interferem no processo terapêutico e, por serem fatores subjetivos, é muito difícil controlá-los. Você apenas precisa encontrar o profissional certo pra você. Como eu sigo a linha da Terapia Cognitivo-Comportamental, é dela que falo mais nos meus textos, mas isso não significa que não haja outras opções. A Psicologia é muito ampla, procure o que te deixa à vontade. De novo: pergunte!

E lembre-se:

A terapia é um trabalho árduo, que depende diretamente do paciente. Não espere que algum psicólogo simplesmente resolva os seus problemas – o que nós fazemos é guiar o paciente, auxiliá-lo nas próprias descobertas. Permita-se tentar. A Psicologia tem muito a oferecer, provavelmente você vai se surpreender.

No próximo texto, responderei à pergunta: “Todo mundo precisa de terapia?”. Aguarde!

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